Livro: "Sementes de Concreto"

As flores que secaram serviram de adubo para tudo que estava por vir e a tristeza da perda fez a sua parte na última luta por liberdade. Agora, histórias se encontram e cruzam as linhas que antes dividiam as oportunidades, criando laços e amenizando dores, pois a busca pela sobrevivência construiu a regra: não existe outra maneira de conquistar a paz que não seja pelo derramamento de sangue. Se a dor foi brutal em Flores Entre cinzas, Sementes de Concreto carrega a força em meio as lágrimas e lembra-nos que existem muitas maneiras de se buscar por justiça.Nesta segunda parte não existem mais cinzas e tampouco o tempo para que os rostos sejam enxutos, para que os narizes sejam regados de ar, pois ambos os lados compreendem que para sobreviver em meio a guerra é necessário não sentir e, principalmente, não esquecer.Por essa razão, Sementes de Concreto chega sem filtros, evidenciando todo o sofrimento de quem vive em meio a ditadura criada por milícias, as quais já não são um poder paralelo, são o próprio Estado. À vista disso, abra bem os olhos e questione-se quanto sofrimento você é capaz de aguentar até que chegue a última página, até que chegue a liberdade.