O interesse dos filósofos em ambiguidade surgiu em grande parte de preocupações com relação à organização da linguagem natural na lógica formal: argumentos que podem parecer bons em virtude de sua forma linguística podem, de fato, dar muito errado se as palavras ou frases envolvidas forem ambíguas. Seria loucura lógica, por exemplo, concluir a partir das sentenças verdadeiras (em uma leitura) ‘Todos os solteiros são necessariamente solteiros’ e ‘Adam era solteiro’ que Adam era necessariamente solteiro. Em outras palavras, os filósofos geralmente acham ambiguidade o tipo de coisa que é preciso evitar e erradicar quando fazem seus sérios negócios filosóficos. Frege se preocupou com o fenômeno o suficiente para desaconselhar a possibilidade de multiplicar os sentidos em uma linguagem perfeita.
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Autor: Fernanda Silva
